SEMANA SANTA, A SEMANA MAIOR
A Semana Santa é para os cristãos a Semana maior. E diz-se assim não porque seja cronologicamente maior do que as outras, como se tivesse mais dias, mas porque nela os cristãos celebram com intensidade o mistério mais profundo e mais importante a partir do qual toda a realidade adquire sentido
Iniciamos a Semana Santa com o Domingo de Ramos. Com ramos de oliveira ou de palmeira nas mãos, nós também cantamos “Hosana ao Filho de Davi” (Mt 21,9), como fizeram os habitantes de Jerusalém, acolhendo Jesus que entrou na cidade, montado num jumentinho: “Bendito o que vem em nome do Senhor”. Foi uma entrada solene, triunfal, organizada pelo povo simples que acreditava e acompanhava aquele Homem que pelas estradas da Galileia pregava com sabedoria e doçura, e curava com poder.
Segunda-feira Santa: “Maria Madalena fez isto em vista da minha sepultura” (Jo 12,7). O Evangelho de João descreve os últimos momentos de Jesus com seus amigos e discípulos, na casa de Marta, Maria e Lázaro. Junto aos que o amam, ele encontra momentos de conforto e concentra forças para a luta decisiva.
Terça-feira Santa: “Eu te farei Luz das Nações” (Is 49, 6). No Antigo Testamento com frequência se retoma o simbolismo da luz para indicar a presença de Deus, ou para anunciar os tempos messiânicos.
Quarta-feira Santa: A liturgia da Quarta-feira Santa, põe em evidência a traição de Judas. A infidelidade revela duplo elemento da personalidade, que pode nascer da ingratidão, da inveja, do ódio, da aversão. Trair a amizade é pisar nos valores fundamentais do ser humano.
Tríduo Pascal:
Quinta-feira Santa: O Tríduo Pascal começa com a celebração da Ceia do Senhor, muito importante porque fazemos memória daquilo que Jesus realizou com os seus amigos: a Instituição da Eucaristia. Nesse momento, Jesus deixa sua grande herança espiritual para a Semana Santa e por consequência para toda a Igreja.Ao fim da ceia, Jesus tira o seu manto, cinge-se com uma toalha e lava os pés dos discípulos, seus amigos. Isto se chama serviço. Este ato nos recorda que nós não podemos participar da Igreja se não servimos, pois a Eucaristia como serviço é a melhor prova de amor.
Sexta-feira Santa: Às três horas da tarde, em todas as Igrejas, há a Celebração da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, que é uma celebração litúrgica organizada para darmos um profundo mergulho nas dores de Jesus, quando ele é abandonado por seus amigos, negado, traído e entrega a sua vida por nós. A procissão do Senhor morto é o gesto concreto de caminhar honrando o Corpo Santo do Senhor que Ressuscitará.
Sábado Santo – Vigília Pascal: No sábado de manhã não há movimentos litúrgicos. É um dia de recolhimento para se preparar a grande festa da noite da vigília pascalque nós chamamos a Mãe de todas as Celebrações. Naquele momento, nós celebramos a vitória de Jesus Cristo sobre a morte. Nós fazemos toda uma recapitulação da Palavra de Deus desde a libertação do povo de Israel, no Êxodo, até a vitória de Jesus sobre os grilhões da morte.
A vigília encerra todo o Tríduo e abre a perspectiva para a vida nova. Nesta noite se canta o Aleluia, ou seja, que o Cristo vitorioso é o Senhor, o mestre, o Salvador. Canta-se também o Glória. É uma celebração muito rica. Aí nós encerramos o Tríduo Pascal e começamos então a Páscoa Cristã, da qual escreveremos na próxima semana.
Denise M. PeixerSafanelli- Fundadora da Comunidade Bom Pastor