PRA DIZER SIM A VIDA
A vida é o fundamento sobre o qual se apoiam todos os demais valores. A Igreja Católica, como Mãe Educadora, promove a Semana da Vida (01 a 07 de outubro) e Dia do Nascituro (08 de outubro), que foi instituída pela 43ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em 2005. É ocasião especial para colocar em evidência o valor e beleza desse DOM PRECIOSO QUE RECEBEMOS DE DEUS, A VIDA! De modo especial, salientamos o valor sagrado da vida humana, em todas as suas dimensões. Diante de tantos ataques que a vida vem sofrendo em nossos dias, é missão do cristão e da Igreja reafirmar sua importância inestimável e inegociável.
O dia 8 de outubro de cada ano é dedicado aos nascituros em homenagem ao novo ser humano, à criança que ainda vive dentro da barriga da mãe. “O ser humano que é gerado no ventre de uma mulher, com a participação de um homem, não é fabricado por aquele homem e aquela mulher, não é um produto que eles produzem, é sempre uma criatura de Deus. O homem e a mulher são apenas instrumentos de uma vontade criadora infinitamente maior, a vontade de Deus, que nos quer, e quer a nossa vida”
(Dom Petrini, Bispo de Camaçari, BA)
Cada ser humano gerado tem um canto próprio que ressoará no decorrer de sua vida, canto único compreendido por aqueles que viverão com ele. Por mais imitadores perfeitos que aparecem, é única a voz de cada pessoa, é única sua digital, único seu nome inscrito no coração de Deus. Em nome da liberdade matamos nossos embriões no ventre materno, lugar mais protegido da face da terra, onde naturalmente somente a força de Deus pode mexer. Quantos cantos de vida ceivados pela mão humana, muitas vezes por opção da mãe. Pergunto: Por que as criancinhas causam tanto medo? Por que não permitir a abertura à vida e confiar na graça da providência Divina para cria-las? Ouçamos a voz de Jesus: “Deixai vir a mim as criancinhas”!(Mt, 19,14)
Faço aqui uma homenagem a tantas mães que ao saberem que seus bebês nascerão com anomalias físicas ou mentais, levam sua gravidez até o fim, acreditando na vida e deixam vir ao mundo estes seres mais que especiais, anjos mensageiros de paz e alegria, como a Amanda (mãe Vanda), o Aloisio (mãe Angelita), o Jardel ( meu filho), a Débora (mãe Marli), a Cecília (mãe Camila), a Estela, hoje no céu ( mãe Luciele) e tantas mães que choram seus bebês natimortos, como o meu afilhado Andrezinho (mãe Rosane).
O descompromisso com a vida começa nas relações sexuais imaturas e impulsionadas pela educação dita liberal nas escolas e em casa, onde as crianças e os adolescentes são precocemente levados a uma erotização que descaracteriza sua natureza pura, onde geram vidas em épocas que não condizem com sua maturidade e acabam por cometer abortos, mutilando seus corpos e carregando o peso da culpa, pois não nascemos para matar. Jovens e adultas, em nome do sexo livre e de carências pessoais, acabam resolvendo “tudo” com a pílula do dia seguinte, que mata sim os embriões e cujas sequelas são as depressões, pois somos seres sensíveis e nossos princípios morais, intrínsecos na alma imortal, nos remete ao remorso e a culpa.
Nosso grito pela vida deve ser urgente e público e como Madre Teresa dizer: “Se você não quer o seu filho, dê para mim”, mais não o mate em nome da razão e do medo, amparar as gestantes e aplaudir a vida, seja ela vinda de gestações seguidas, quarto ou quinto filho, mães solteiras, ou onde fluir a seiva do amor de Deus.
Respeitemos também a finitude da vida, não rejeitando os idosos doentes, senil, e nem desejando abreviar nossos dias, pois cremos que todos estão contados no plano de Deus, como nos diz o Livro do Eclesiastes 3,1: “Para tudo há um tempo, para cada coisa há um momento debaixo dos céus: Tempo para nascer e tempo para morrer”.
Denise M. PeixerSafanelli-Fundadora da Comunidade Bom Pastor