MÃE PEREGRINA – 100 ANOS DE ALIANÇA E DE AMOR
Alguém bate a porta…abre-se e lá está ela: A pequena capela da Mãe Peregrina. Todo mês se repete esta cena. Aqui em casa é no dia 03. Fica 24 horas e lá se vai ela, visitando cada família que se propõe a recebê-la. Não exige nada, recebe as preces que o tempo permite fazer em família, na solidão, no silêncio interior, nas refeições. Cumpre a missão que Maria, a Mãe de Jesus e nossa tem, a de mediadora junto ao Filho por nós.
Tudo começou a 100 anos, em Schoenstatt, Alemanha, através do Padre José Kentenich. Como jovem sacerdote atua como professor e diretor espiritual no Seminário dos Padres Pallottinos, em Schoenstatt, que indica a seus alunos a devoção a Maria, como modelo do verdadeiro relacionamento com Deus e da dedicação ao próximo.
Seguindo os sinais indicados pela Divina Providência, em 18 de outubro de 1914, em meio a I Guerra Mundial, com seus alunos, sela a Aliança de Amor com Maria, suplicando-lhe que torne a pequena Capelinha do seminário, um Santuário de Graças e um centro de renovação religioso e moral para a Alemanha e o mundo.Torna-se assim o fundador da Obra Internacional de Schoenstatt.Desde então a devoção se espalha pelo mundo, com obras imensas e diversidade de vocações religiosas, sacerdotais, leigas, todos consagrados a Nossa Senhora, Mãe Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt que é celebrada em cada dia 18. Deus escolhe o dia 18 de outubro de 1914 para a realização da Aliança de Amor, no Santuário de Schoenstatt, e a Fundação dessa Obra Internacional.Os membros da Obra de Schoenstatt celebram mensalmente esse atuar divino no ato da Fundação e renovam, nesse dia, a sua inclusão pessoal na Aliança de Amor, rezando a sua oração de consagração.
A Mãe Peregrina no Brasil: Em 1950, o Sr. João Luiz Pozzobon, dono de um pequeno comércio, pai de sete filhos e católico fervoroso participa de um grupo de homens, no início do Movimento Apostólico de Schoenstatt, em Santa Maria (RS/1947). Recebe a formação schoenstattiana sob a orientação do Pe. Celestino Trevisan – Pallottino e a vive intensamente. No dia 10 de setembro de 1950, é convidado pela Irmã M. Teresinha Gobbo, do Instituto Secular das Irmãs de Maria de Schoenstatt a levar a Imagem da Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt para visitar as famílias. Irmã Teresinha entrega-lhe a Imagem, que havia sido benta no Santuário, pelo Pe. Celestino, com as palavras:“Esta Imagem ficará sob seu cuidado. Não é preciso que reze o terço todas as noites. Apenas deverá cuidar que peregrine de casa em casa”.Sr. João aceita esse convite. Assume a tarefa de levar a Imagem Peregrina da Mãe e Rainha de Schoenstatt às famílias e exerce esse apostolado durante 35 anos, até a data de seu falecimento em 27 de junho de 1985. Com ela percorre mais de 140.000 Km. Em todos esses anos, não deixa um dia sequer de praticar esse apostolado.A partir da visita do Diácono Pozzobon, com a Peregrina, em 1979, ao lugar de Fundação da Obra de Schoenstatt, na Alemanha e em Roma, a Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt toma uma dimensão internacional.Assim a Mãe Peregrina chegou até nós, trazendo uma edificação de fé e de esperança, com celebrações de Santas Missas a cada dia 18, onde as zeladoras responsáveis levam as capelinhas até a Igreja e os devotos renovam a aliança com um oração própria.“Uma Mãe que vai ao encontro dos filhos”O Papa João Paulo II também afirma:“De fato, a Mãe não espera os filhos só em sua própria casa, mas segue-os por toda parte onde estabeleçam residência. Onde quer que vivam, onde quer que trabalhem, onde quer que formem as suas famílias, onde quer que estejam presos a um leito de dor e até em qualquer caminho errado em que se encontrem, lá onde estejam esquecidos de Deus e carregados de culpa. Lá, em toda parte…”Mãe Peregrina, intercedei por nós!
Denise M. Peixer Safanelli – Fundadora da Comunidade Bom Pastor