A dignidade da concepção humana
No início deste mês de outubro, aconteceu a celebração da Semana do Nascituro. O nascituro é a fase do desenvolvimento da criança que acontece desde o momento da concepção até a conclusão da gestação. Em Brasília existe um projeto de Lei para que seja aprovado o Estatuto do Nascituro. Este estatuto defende a dignidade da vida humana desde o momento da concepção.
Por vários motivos, tem aumentado o número de casais que desejam ter filhos e se vêem impossibilitados de gerarem uma criança. Muitos destes casais, diante da dificuldade de conceber um filho, buscam a resposta na ciência . E a ciência por sua vez apresenta propostas e técnicas que dizem resolver o problema da infertilidade. Cabe então ao casal perceber se o tratamento e as técnicas que são propostos para eles, é compatível com a dignidade da criança desde o seu início que é a concepção.
A Igreja Católica é uma das poucas vozes que tem revelado sobre o verdadeiro “sentido” do início da vida humana. É como que se a Igreja se colocasse no “lugar” do pequeno embrião e sentisse a necessidade pessoal de cada um deles e o valor sagrado desta fase. E é por isso que a Igreja Católica, com convicção firme, tem orientado os casais que vivem o drama da infertilidade conjugal – a não recorrer a técnicas como a inseminação e a fecundação artificial. Pois estas técnicas tem tirado o direito de nossas crianças de serem concebidas durante o ato de amor e entrega de seus pais, “que envolve o corpo, o coração e o espírito”.[1]
O Catecismo da Igreja Católica no parágrafo nº 2379 diz que “ os esposos, depois de terem esgotados os recursos legítimos da medicina, sofrerem de infertilidade unir-se-ão à Cruz do Senhor, fonte de toda fecundidade espiritual. Podem mostrar sua generosidade adotando crianças desamparadas ou prestando relevantes serviços em favor do próximo”.
Cleonice Kamer –
Consagrada Comunidade Bom Pastor
[1] Elio Sgreccia. Manual de Bioética. Edições Loyola, pg 409