DEIXAI-VOS RECONCILIAR COM DEUS
Só podemos nos reconciliar com quem um dia tivemos um rompimento, um afastamento, uma amizade desfeita ou negativa de conversa por não crer mais na pessoa. Com Deus é a mesma coisa. Até pode se dizer que acredita em Deus, mas se vive afastado Dele, não cumpre com as obrigações de um batizado, filho de Deus, há um rompimento de relação, nunca da parte de Deus e sim daquele que o nega.
Dias atrás escutei uma mãe preocupada com seus filhos já adultos que diziam não crer que há um céu, não crer no inferno, dizendo que este seria aqui na terra, não crer na vida eterna. Parei para meditar esta colocação e cheguei a conclusão que esta atitude é a de muitos cristãos afastados da Igreja e que se justificam escondendo-se atrás da falta de fé, esta já lhes ensinada e até vivida por seus pais. Escondem-se porque suas atitudes não condizem com as de filho de Deus, que ensina o perdão, a partilha, a justiça e o amor misericordioso.
Diante de tanta corrupção em nosso país e no mundo, vê-se que o homem/mulher não teme a Deus nem a justiça eterna, quando vimos senhores já idosos metidos em falcatruas milionárias é de se refletir onde pensam usufruir deste dinheiro ilícito, sendo algemados e presos, sem nenhuma vergonha de expor suas famílias, muitas vezes cumplices também, ao julgamento público.
Podemos dizer então: Deus é misericordioso! E Ele é! Por isso a Palavra de 2 Coríntios 5,20 diz: “Deixai-vos reconciliar com Deus”. Mas O Catecismo da Igreja Católica 1451, quando trata do Sacramento do perdão diz: “Entre os atos do penitente, a contrição vem em primeiro lugar. Consiste numa dor da alma e detestação do pecado cometido, com a resolução de não pecar no futuro”.
O Temor de Deus é um dom do espírito Santo dado a todos no Batismo. Não temor de medo de um Deus bravo que marca os pecados em um livro e sim o respeito devido ao Criador, uma inclinação diante de seu senhorio, um desejo de agradar Àquele que me deu a vida e que me receberá de volta em sua casa na eternidade.
Talvez nós pais e formadores de opinião devessem conversar mais sobre esta justiça divina com nossos formandos, sem medo de sermos ridicularizados como beatos, mas juntos refletirmos sobre atitudes nada condizentes com a de cristãos. Juntar as mãos e rezar faz bem a todos e nos aproxima do Autor da vida e de seu Filho Salvador, Jesus Cristo.
Denise M. Peixer Safanelli – Fundadora da Comunidade Bom Pastor