NONO E DÉCIMO MANDAMENTOS
Retomando a sequência dos dez mandamentos, finalizo juntando os dois últimos mandamentos: 9º “Não desejar a mulher do próximo” e 10º “Não cobiçar as coisas alheias”.
Neste nono mandamento vamos colocar também “Não desejar o homem da próxima”. Partindo da Palavra de Jesus em Mateus 5,28: “Todo aquele que olha para uma mulher com desejo libidinoso já cometeu adultério em seu coração”, entendemos que o coração é a sede da personalidade moral e a luta contra o declínio da carne passa pela purificação do coração e a prática da temperança. O Espírito Santo que habita no ser humano pelo Batismo confere a graça da luta contra o pecado e o desejo de ter uma vida casta e pura, ou seja, dá a temperança que é um fruto do Espírito.
Santo Agostinho: “Eu julgava que a continência dependia de minhas próprias forças…forças que eu não conhecia em mim. Eu era tão insensato que não sabia que ninguém pode ser continente, se Vós não o lho concedeis”.Então, a graça de viver a pureza e a castidade vem somente da intimidade com Jesus.
Neste nono mandamento somos chamados a viver o pudor. Como somos feridos no pudor quando estamos sujeitos a visualizar tantas afrontas contra este. São fotos publicadas explorando a sexualidade feminina e agora também a masculina,
emoutdoor, propagandas de roupas e calçados, bebidas e tantos mais. O pudor é modéstia, inspira o modo de vestir, protege o mistério das pessoas e é querido por Deus.
10º Mandamento: “Não cobiçar as coisas alheias”. O apetite sensível nos faz desejar as coisas agradáveis que não temos. Estes desejos são bons em si mesmo, quando desejamos a comida diante da fome, a coberta diante do frio. Mas, muitas vezes, vão além da necessidade e nos levam a cobiçar o que não nos pertence ou é de outra pessoa. Este mandamento vem banir a inveja do coração humano, pois é um pecado capital quando esta leva-nos a cometer um mal grave contra o outro.
Santo Agostinhovia na inveja o pecado diabólico por excelência. Santo Ambrósio: “Da inveja nascem o ódio, a maledicência, a calúnia, a alegria causada pela desgraça do próximo e o desprazer causado por sua prosperidade”.
A cobiça faz com que se deseje além das posses e muitas vezes o endividamento é o resultado desta. Compra-se para concorrer com aquilo que a moda dita, o amigo (a) tem, a televisão rotula.
O abandono nas mãos da providência do Pai do Céu liberta da preocupação do amanhã. A confiança em Deus faz com que eu me restrinja a possuir aquilo que de fato necessito e gera uma liberdade sem igual.
Finalizamos aqui os Dez Mandamentos e sugiro que buscam aprofundar estes temas no Catecismo da Igreja Católica.
Denise M. PeixerSafanelli
Fundadora da Comunidade Bom Pastor